O útero é um órgão muito simbólico e energético, inclusive para quem não o possui mais ou para mulheres trans, pois sua energia sutil permanece para além da física. Por isso, cuidar dessa energia física, emocional e psicológica é sempre tão importante e fundamental. Dentre as diversas maneiras de se limpar energeticamente o útero, eis uma que funciona também no plano físico, auxiliando, inclusive, em tratamentos como candidíase e afins: a vaporização uterina. Parte da ginecologia natural, é uma prática antiga, realizada por mulheres desde a Grécia Antiga.
A vaporização uterina consiste em selecionar as melhores ervas, realizar uma infusão com elas e deixar que o vapor entre em contato com a vulva. Para isso é necessário um recipiente especialmente para essa função e, preferencialmente, um banquinho com furo no meio, no entanto, também é possível realizar cócoras. Também é aconselhável que se utilize uma manta ao redor da parte inferior do corpo, para conservar por mais tempo o vapor. E claro, o ambiente importa muito. Torne esse momento agradável e aconchegante, invista em luz baixa, incensos ou velas perfumadas, música tranquila. Faça com tempo e sossego, sem pessoas para incomodar e interromper, pois, além de tudo, esse também é um momento contemplativo, de reflexão e meditação.
A ideia é que o vapor de água leve as propriedades das ervas escolhidas, tornando esse um momento de limpeza profunda e uma experiência de bem-estar. Dentre os benefícios da prática, estão: redução dos sintomas de estresse e depressão; melhora no quadro de hemorroidas; trata infecções; melhora a infertilidade; trata desequilíbrio hormonal; alivia dores de cabeça; ajuda com os sintomas de cansaço e exaustão; alivia problemas digestivos; reduz os sintomas de dor menstrual; regula o ciclo menstrual; acelera a recuperação do pós-parto; alivia os sintomas de menopausa e, claro, limpa energeticamente o útero.
Apesar disso, a vaporização uterina ainda não tem seus benefícios comprovados cientificamente, e é preciso tomar cuidado com alguns detalhes importantes: tome cuidado para não se queimar, ou seja tenha atenção a temperatura da água; realize de forma adequada a limpeza de todo o material utilizado, recipiente, banco e o que mais for utilizado; não realize frequentemente para não desregular o pH natural da vagina; não realize se estiver menstruada, com alguma infecção ou grávida. Fora isso, a vaporização uterina é uma prática segura, que traz inúmeros benefícios sentidos por quem realiza, além de ser uma forma de autocuidado. O que costuma acontecer com quem experimenta a vaporização é que, após observar os resultados e experimentar a sensação trazida pela vaporização, a mulher adote essa técnica para o resto da vida.
Quais ervas usar
Problemas menstruais:
Faça de uma a três vaporizações no período pré-menstrual, todo mês, até regularizar os sintomas que está querendo tratar. Ervas indicadas: agripalma, artemísia, manjericão, alecrim, calêndula e camomila.
Tensão pré-menstrual:
Faça de uma a três vaporizações no período pré-menstrual, todo mês, até regularizar os sintomas que está querendo se tratar. Ervas indicadas: artemisia, orégano, folhas de framboesa e pétalas de rosa vermelha.
Menopausa:
Faça a vaporização de acordo com sua necessidade. Ervas indicadas: manjericão, folhas de framboesa, malva branca, sálvia e camomila.
Fertilidade:
Faça a vaporização na fase pré-ovular e ovular. Ervas indicadas: alecrim, artemísia, calêndula, camomila, pétalas de rosa vermelha e lavanda.
Pós-aborto:
A vaporização só deve ser feita após sanar o sangramento provocado pelo aborto. A frequência pode ser de acordo com os sintomas, sejam eles físicos ou emocionais, enquanto houver alívio com o uso da técnica. Ervas indicadas: artemísia, orégano, calêndula e lavanda.
Pós-parto:
No caso de cesárea, a vaporização só pode ser feita após sangramento provocado pela cirurgia. Em caso de parto normal ou natural, pode-se iniciar imediatamente. Ervas indicadas: orégano, alecrim, mil-folhas, confrei, calêndula e mil folhas.
