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O livro propõe uma pausa em meio ao caos, com promessas de acolhimento e leveza. A proposta é bonita. Poética, até. Mas, na prática? Fica no raso. Embora traga alguns conselhos que até aquecem o coração (tipo aqueles que você anota num dia difícil e depois esquece no fundo do caderno), grande parte das reflexões …

O livro da psicoterapeuta junguiana Verena Kast, é uma obra densa e necessária, que trata o medo com a seriedade e a ternura que ele merece. Longe de rotulá-lo apenas como algo negativo ou paralisante, Kast mergulha na complexidade dessa emoção e a apresenta como uma das forças psíquicas mais importantes na construção da nossa …

Um retrato cru da fragilidade que a gente tenta esconder atrás de sorrisos automáticos e respostas ensaiadas. É como abrir um diário antigo e encontrar entre as páginas não só as palavras de Sylvia Plath, mas também um pouco de nós mesmas, com todas as dores abafadas, as crises silenciosas e a vontade de simplesmente …

O livro é um mergulho visceral no cansaço que muitas de nós carregamos, não só no corpo, mas na alma, na rotina, na identidade. É como olhar no espelho de madrugada, quando a cidade dorme e a nossa mente insiste em não descansar. Marcela escreve como quem respira fundo antes de gritar, como quem desenha …

O Perigo de Estar Lúcida, de Rosa Montero, é uma espécie de mergulho sem boia no mar revolto da mente ou, melhor dizendo, na beira do abismo que tantas de nós já espiamos (mesmo que em silêncio). Montero escreve como quem sangra bonito. Como quem entende que viver é, muitas vezes, lidar com uma corda …

O Filho de Mil Homens, de Valter Hugo Mãe, é como um abraço com uma força tão silenciosa que só percebemos depois da última página, uma fábula terna e brutal sobre pertencimento, amor e a beleza de ser família fora de qualquer molde. A história gira em torno de Crisóstomo, um pescador de quarenta anos …

Existem livros que escancaram a alma como uma porta antiga sendo empurrada pelo vento rangendo, resistindo, mas abrindo. A Filha Perdida, de Elena Ferrante, é exatamente isso: um mergulho tenso e brutal nas fissuras da maternidade, nas camadas do ser mulher, e nos abismos que escolhemos (ou não) encarar. Um livro que não alisa nem pede …

Alguns livros não provocam nem paixão, nem ódio, apenas uma sensação morna, difícil de nomear. A Amiga Genial, da aclamada e reclusa Elena Ferrante, me causou exatamente isso. Comecei a leitura cheia de expectativa, imersa naquele mundo tão elogiado por leitores e críticos, mas aos poucos fui perdendo o fôlego. Em alguns momentos, a história prende …