Ontem, enquanto o mundo real ainda tropeçava no café da manhã, Nova York já desfilava seus sonhos mais bem costurados no tapete vermelho do Met Gala. Porque sim, ele aconteceu — o Met Gala 2025 chegou, brilhou, e como todo bom amor de verão… já foi embora. Mas deixou lembranças. E que lembranças.
Este ano, o baile mais fashionista (e restrito) do mundo celebrou a exposição “Superfine: Tailoring Black Style”, uma ode ao dândi negro — essa figura histórica e estilosa que sempre usou a moda como armadura, resistência e pura expressão de identidade. O tema mergulhou nas camadas (de tecido e de história) da elegância preta, desde o século 18 até os dias de hoje. Tudo com a curadoria de Monica L. Miller e Andrew Bolton, e a bênção estética de Cy Gavin, que transformou o teto do Temple of Dendur em um céu projetado para se perder entre cada garfada.
O código de vestimenta da vez? Tailored for You. Ou seja, alfaiataria sob medida com a personalidade no volume máximo. E como sempre, alguns convidados levaram isso ao pé da letra, outros ao salto 20.
Os anfitriões da noite foram uma constelação à parte: Pharrell Williams, Colman Domingo, A$AP Rocky, Lewis Hamilton e, como sempre, Anna Wintour — a guardiã do portão de ouro do Metropolitan Museum. LeBron James ficou de fora por lesão, mas foi lembrado como presidente honorário (e, convenhamos, MVP do estilo esportivo).

Entre drinks e cliques escondidos (afinal, celulares são proibidos dentro do evento), os cerca de 450 convidados passearam entre a arte e o espelho. O jantar, assinado pelo premiado chef Kwame Onwuachi, foi uma carta de amor aos sabores da diáspora. Ah, e o valor arrecadado este ano? Apenas 31 milhões de dólares. Um recorde. O maior da história em 77 edições. Quem disse que moda não paga as contas?
E como boa amante de moda que sou, claro que não poderia encerrar sem listar meus queridinhos da noite. Porque, no fim das contas, o Met Gala é isso: um grande desfile de arte em forma de roupa.


