Nova York, 26 de junho de 2025, após 37 anos na liderança criativa da edição americana da Vogue, Anna Wintour anunciou, em uma reunião interna com a equipe, que deixará o posto de diretora editorial (“editor-in-chief”). A mudança marca o encerramento de uma das gestões mais icônicas da história da moda, mas não significa aposentadoria.
Por que ela saiu?
“É hora de passar o bastão”, declarou Wintour, em discurso à equipe. Ela explicou que deseja dedicar-se a inspirar e orientar uma nova geração de líderes criativos, “impassioned editors” apoiando o crescimento de vozes emergentes no universo Vogue. A decisão também catalisa uma reorganização global da marca Condé Nast, agora com lideranças locais (heads of editorial content) que se reportam a ela diretamente, reforçando uma estratégia integrada.
O que ela continuará a fazer?
Mesmo não sendo mais “a” editora-chefe da edição americana, Anna permanecerá em altas funções executivas:
- Chief Content Officer da Condé Nast, com supervisão sobre títulos como Vanity Fair, GQ, Wired, Glamour, entre outros.
- Global Editorial Director da Vogue, mantendo autoridade editorial sobre edições internacionais.
- Presidente do Met Gala, evento que ela elevou a patamar global, e figura central em outros projetos como o “Vogue World” e coberturas de teatro e tênis – que pretende continuar “in perpetuity”.
Nas redes, a saída de Wintour repercutiu como um baque, gerou memes, elogios e expectativa. No escritório, ninguém esperava. Um funcionário confidenciou: “foi como descobrir que Deus estava saindo de serviço”. Enquanto isso, condé nast já publicou no LinkedIn a vaga para “Head of Editorial Content for U.S. Vogue” poucos dias depois da saída, recebendo mais de 4.300 reações. E agora, a pergunta que não quer calar: quem será o sucessor? Entre os nomes especulados estão:
- Edward Enninful (British Vogue),
- Tonne Goodman (fashion director da Vogue U.S.),
- Chioma Nnadi (British Vogue),
- Amy Astley (Architectural Digest e ex-Teen Vogue),
- Lindsay Peoples Wagner (The Cut),
- e até Bee Shaffer, filha de Wintour, que no passado descartou assumir um cargo na revista.
Até o momento, Condé Nast afirma que a busca está em curso, mas nenhum nome foi formalizado